No ponto do ônibus - 4
No ponto de ônibus - 4
Uma história de Antinoísta
AVISO
A história que se segue é pura ficção, jamais aconteceu. Você acessou a Nifty, então já sabe que é uma história erótica, envolvendo sexo entre rapazes adolescentes. Se você é menor de idade (menos de 18 anos) ou se no lugar onde você se encontra a lei proíbe este tipo de história, saia daqui. Ajude a manter a Nifty funcionando, faça uma doação: DONATION.
O Edu me olhou meio ressabiado, depois a sombra de um sorriso animou seus lábios. Fingiu um profundo suspiro de resignação, pegou a chave da palma da minha mão e abriu a porta, dizendo:
– Melhor a chave do que a pica.
– As meninas discordam.
Minha resposta, embora curiosa tratando-se de alguém que antecipava fazer alguma coisa com um garoto, era adequada. Desde que o mundo é mundo os meninos entrando na adolescência disfarçam seu interesse uns pelos outros com um interesse pelas meninas. Os adolescentes taludos também e, provavelmente, uma legião de adultos enrustidos. Pelo menos os meninos de quatorze anos têm uma desculpa: as meninas de sua idade não querem nada com eles, só têm olhos para os meninos mais velhos. E as meninas mais novas não passam de crianças. Falar em meninas era boa política em meus tratos com o Edu.
Tranquei a porta e fomos até o quarto. Peguei minha toalha, que estava estendida nas costas de uma cadeira, e sugeri:
– Vamos até o banheiro de empregada jogar uma água no corpo. Assim, depois de secos, podemos sentar onde quisermos sem fazer uma meleira.
Sim, naqueles tempos, mesmo os apartamentos modestos tinham as chamadas “dependências de empregada”. Presumia-se que qualquer família de classe média teria uma serviçal que “dormisse no emprego”. E muitas tinham mesmo. As empregadas, assim como outras pessoas que estivessem trabalhando, que não fossem visitas, tinham que entrar no prédio pela entrada de serviço e usar o elevador de serviço. E os apartamentos tinham uma porta social e uma porta de serviço, mesmo que fossem lado a lado e dessem para o mesmo espaço de circulação. Ecos incômodos dos tempos escravocratas? Talvez. Aliás, as histórias fantasiosas sobre os meninos dessas famílias sendo iniciados sexualmente pelas empregadas eram clássicas. Mas eram apenas fantasias de garotos que ainda levariam muito tempo para perderam a virgindade. Bem, minha família devia ser de uma classe média em tendência de baixa, pois não tínhamos empregada. Uma boa desculpa se tivesse que explicar que ainda era virgem.
Minha decisão pelo banheiro de empregada nada tinha a ver com altas especulações sócio-políticas, apenas não queria bagunçar o outro banheiro, o que certamente chamaria a atenção de minha mãe. Nós dois nos lavamos, sem tirar as sungas, e nos enxugamos sem muito êxito com a mesma toalha, que eu, já no quarto, estendi sobre a mesma cadeira – jogar uma toalha toda molhada na cesta de roupa suja era bronca na certa. Ainda estávamos com as sungas úmidas, então evitamos sentar. Com calor que estava fazendo, isto logo seria resolvido. O Edu, ali de pé, olhava meio sem jeito para o quarto ao redor – lembre-se, ainda não havia computadores pessoais, videogames, telefones celulares, internet, redes sociais, eu nem mesmo tinha um aparelho de TV no quarto. Minha diversão eram os livros, ali na estante ao lado dos livros da escola, e meu violão, como o qual eu brigava, sem muitas perspectivas de vencer. Por fim, tomando coragem, ele perguntou:
– Tom, você tem alguma outra daquelas revistas?
– Que revistas? – perguntei, só para chatear. – Manchete, Cruzeiro, Mickey, Pato Donald, Luluzinha?
– Não, porra, você sabe do que eu estou falando.
– Não me atribua poderes de onisciência. Talvez você se refira ao Tico-Tico? – continuei, referindo-me a uma antiquíssima revista em quadrinhos brasileira, destinada às crianças. Bem, parece que o Edu não sabia o que era a Tico-Tico, menos ainda o que era onisciência, porque replicou ainda mais indignado.
– Não, merda. Você sabe, revista de mulher nua. Ou de sacanagem, seria ainda melhor.
Achei que já era hora de parar com a sacanagem – a metafórica, não a verdadeira.
– Ah, por que você não explicou desde o início?
Dito isso, fui até minha escrivaninha. Na gaveta de baixo, entre uma infinidade de coisas mal arrumadas, encontrei uma chavinha. Pertencia à primeira gaveta, a única com fechadura. Uma fechadura meio teórica, pois era muito fácil de ser contornada, servia apenas para dar uma tênue sensação de privacidade. Abri a gaveta, remexi em seu conteúdo e tirei duas revistas, uma de tamanho comum, com o aspecto de qualquer revista ilustrada que se encontra no jornaleiro, e uma outra muito menor, sem foto na capa, de aspecto artesanal.
Esta última era aquilo a que nos referíamos apenas como “revistinha de sacanagem”. Poucos meninos sabiam em que jornaleiros encontrá-las e menos ainda tinham a coragem de tentar comprá-las. Pelo menos os da idade do Edu. As que vieram parar nas minhas mãos eram todas emprestadas pelos amigos. Eram revistinhas artesanais, com uns doze centímetros de largura, talvez uma folha de papel ofício dobrada, talvez impressas em mimeógrafo. Cada página tinha uma única figura, um desenho em traços simples, às vezes canhestros, de alguma cena lúbrica de teor sexual. Tinham enredo e balões com as falas. Era como se um menino habilidoso narrasse com imagens a fantasia de sua punheta. Mas algumas eram bem feitas, tornavam-se “clássicos”, como as do então misterioso Carlos Zéfiro.
Botei as revistas em cima da escrivaninha. Imediatamente o Edu se adiantou e abriu a revista de mulher pelada. Era uma Fiesta, uma das pioneiras entre as revistas ditas masculinas no Brasil. A impressão não era muito boa, mas as mulheres eram ao gosto da casa. Para um amigo meu, completamente obcecado por bundas femininas, era uma verdadeira Bíblia. Resolvi não perder tempo e ir direto ao assunto:
– Edu, tá na cara que isso vai terminar em punheta. Então vamos deixar de fingimento e tirar logo as sungas. Atrapalha menos e não se corre o risco de sujá-las de porra. Aliás, se você deixar um pinguinho de porra cair nas revistas, vai ter que lamber. Elas não são minhas, tenho que devolvê-las.
Dando um risinho nervoso, o Edu tirou rapidamente a sunga e chutou-a para o lado. Eu fiz o mesmo, mas olhando para o menino. Vi quando seu pau, já duro, escapou da sunga e bateu contra sua barriga, fazendo um barulho molhado. É incrível a rapidez com que o pau de um menino de quatorze fica completamente duro e ainda mais incrível seu ângulo em relação ao corpo. A pica do Edu colava em sua barriga reta como se atraído por um poderoso ímã. Meu pau de dezoito anos ainda estava no mais pleno vigor, mas já não tinha aquele comportamento de mola.
Todos os orgulhosos treze centímetros do pau do Edu estavam ali, mais retos do que a régua com que se poderia medi-los. Como sua mão ainda não chegara lá, a glande ainda estava semiescondida no prepúcio, tornando a visão ainda mais excitante. O pequeno tufo de pentelhos em sua base era o que me deixava louco. Ninguém aparava os pentelhos naquela época. Os meus, já abundantes, serviam apenas para esconder alguns centímetros da minha pica. Os do Edu eram como um discreto friso elegantemente adornando apenas a base de uma coluna. Algo que só o mais habilidoso, ou mais veado, dos artistas conceberia – como o Michelangelo, que era as duas coisas.
Em segundos o pau que acabei de descrever foi envolvido pela mão direita do dono, que começou os movimentos de praxe, ao mesmo tempo que a mão esquerda folheava a revista. Quando os olhos do Edu se arregalavam diante de uma foto mais saborosa, seus quadris faziam movimentos quase imperceptíveis para a frente, como se ele estivesse ensaiando uma foda de verdade. E nesses movimentos, para minha satisfação, a bunda do garoto se contraía e depois relaxava. Pois eu abandonara toda encenação e olhava direto para aquela bundinha, imaginando meu pau se esfregando naquele rego.
De vez em quando olhava para a revista. Meu amigo tinha razão, bundas eram o leit motiv daquela denodada publicação nativa. Não só as bundas, mas os peitos e a cor da pele batiam com nossas orgulhosas preferências, sem falar nas marcas dos biquinis, perfeitamente delineadas. Em alguns desses momentos em que olhei para a revista, vi que o Edu arriscava também um olhar para mim, ou melhor, para o meu pau. Isto, claro, apenas me deixou mais excitado. Percorria agora todo o corpo do menino com meus olhos sequioso. A cabeça, coroada por abundantes cabelos castanhos em constante desalinho, meio inclinada para trás, os olhos semifechados, a boca meio aberta, como contendo um gemido. O peito liso, sem um pelo aparente, os dois mamilos rosados destacando-se com a excitação. A barriga reta, plana, os músculos com um início de definição, o umbigo discreto indicando o centro da rota que levava ao pau.
Que coisa maravilhosa aquele pau de menino, reto como uma flecha, agora quase todo encoberto pela mão que o manipulava com vigor. Só ficava de fora a cabeça, com o prepúcio todo retraído, o buraquinho da ponta se destacando naquela glande entumecida. Nas costas do menino os músculos eram mais aparentes. Talvez por estar com o corpo retraído e pelo trabalho incessante do braço. Descer pelas costas levava àquelas duas covinhas perfeitas bem acima da bunda. Que divindade benfazeja bolara um detalhe tão sensual? Eram mais comuns nas mulheres, ou mais visíveis, chamavam mais a atenção, e eram terrivelmente sensuais.
Abaixo das covinhas, a bundinha do Edu. Agora não estava mais demorando nela o olhar, ou gozaria muito antes do que o desejado. Dela eu descia direto para as pernas do menino, muito longas para o resto do corpo, como em qualquer adolescente. Pernas muito bem torneadas, o que não era de espantar, pois pareciam incansáveis naquele garoto irrequieto. Os pés também eram grandes, mas curiosamente delicados, ou meio infantis no aspecto, como se o tamanho meio desproporcional não lhes garantisse a maturidade. O Carlos, com sua enciclopédia mental de cultura inútil, me dissera que havia homens com uma fixação sexual em pés, um fetiche no melhor estilo freudiano. Eram chamados de pedólatras, podólatras, uma merda assim. Pedólatra parece até pedófilo. Era melhor deixar os pés do Edu para lá, ou ia virar um pedólatra pedófilo. De repente a voz do menino me arrancou de meus devaneios.
– Essa outra é o quê? – perguntou ele, mostrando a revistinha de sacanagem.
– Uma revista de instrução religiosa e moral, para ensinar os meninos a se manter puros, quase um catecismo.
– Não enche o saco, porra.
– Então não faça perguntas imbecis, abra e olhe.
Ele abriu e olhou. Naquele momento, apesar de minha modéstia natural, me senti um gênio. Pois a minha mente, que sempre emperrava na hora resolver algum problema de matemática, às vezes funcionava com a rapidez da luz, principalmente em matérias não regulamentares. No momento exato em que abrira a gaveta para pegar a revista reclamada pelo Edu, lembrei-me daquela revistinha e do seu enredo. Minha mão foi direto nela.
As revistinhas de sacanagem, pelo menos as que eu vi, eram todas canonicamente heterossexuais. Às vezes apareciam dois homens, ou dois rapazes, na mesma ilustração, mas sempre satisfazendo a uma mulher. Havia dois meninos adolescentes, já taludos, no enredo daquela revistinha em questão. Eles conseguiram passar uma tarde sozinhos com a putinha do colégio, uma colega de classe que “fazia de tudo”. Entre as várias peripécias sexuais apresentadas graficamente, uma me excitara em particular. A menina estava ajoelhada sobre uma cama, nua, como seria de se esperar. Os meninos, também pelados, estavam de pé, no chão, um de cada lado dela. Cada um deles tinha a cabeça meio abaixada, mamando sofregamente uma das tetas da menina. Tetas bem pujantes para a idade, diga-se. Não contentes com isso, um dos meninos, com mão esquerda, cutucava a buceta da jovem, enquanto a mão esquerda do outro sumia atrás da bunda da colega, presumidamente cutucando seu cu. E o detalhe que me deixara pirado: com a mão direita, cada um dos meninos tocava punheta no pau do ouro.
Cara, o autor daquele quadrinho era, senão um reverenciável artista, pelo menos um mestre da síntese: reunira em apenas uma ilustração uma série de sonhos lúbricos de adolescentes, meninas ou meninos. Como para não me desmentir, o Edu, quando chegou nela, parou de folhear, aproximou-se um pouco para ver melhor e acelerou a velocidade de sua mão. Tinha certeza de que seu olhar zerara no detalhe destoante da figura, as mãos de cada um dos meninos no pau do outro. Pelo visto não era só eu que admirava aquilo.
Enquanto o Edu parecia estar alheio a tudo mais que não fosse a revista e a punheta em seu pau, eu me aproximei dele, ficando a seu lado direito, com minha mão esquerda sobre seu ombro esquerdo. Ele pareceu nem notar. Esperei alguns segundos. Depois virei-me de frente para ele e fiz com que ele se virasse de frente para mim. Seus olhos expressavam algum espanto. Com a mão esquerda, segurei seu pulso direito, tirei sua mão do seu pau e a levei diretamente para o meu. Ao mesmo tempo, segurei firmemente seu pau com minha mão direita, começando a punheta. Parece que aquilo afastou qualquer dúvida que ele tivesse, pois sua mão apertou minha pica e começou os movimentos. Tudo isso sem trocarmos uma palavra. Ficamos ali talvez um meio minuto, os olhos fechados, completamente esquecidos das revistas e de tudo o mais, um esfregando a vara do outro. Era gostoso, mas meio incômodo, Ou melhor, meio ineficiente, nossos braços se chocavam, o ritmo da punheta se alterava. Então eu sugeri:
– Vamos pro chão. Fica bem mais fácil.
Eu me deitei de costas, o Edu ajoelhou-se no chão sobre mim, um joelho de cada lado meu corpo. Ficamos mais meio minuto em nossa manipulação mútua. Mas ainda não era a posição ideal. Os joelhos do menino não deviam estar gostando daquele piso duro. E ele tinha que se apoiar com a mão esquerda no chão, o que atrapalhava os movimentos do meu braço. Por fim, foi o Edu quem encontrou a posição certa. Parece que perdera a inibição, pois sentou-se sobre minhas coxas, as pernas dobradas e encostadas aos meus flancos. Se pau ficou bem altura do meu, à direita dele. Perfeito. Minha mão alcançava seu pau sem qualquer coisa para atrapalhar, enquanto sua mão tinha igual acesso à minha pica. Como ele agora estava sentado em cima de mim, não precisava mais se apoiar no chão.
Redobramos nossos esforços em satisfazer um ao outro. Nossas mãos não descansavam um segundo. Nossos olhos estavam fechados, nossas bocas entreabertas, escapando delas gemidos ocasionais. Nossa respiração tinha se acelerado ao máximo. Não podia durar muito. De repente o Edu solta quase que um grito, estira-se para frente e sua pica dispara vários jatos de porra sobre meu corpo, cobrindo-me do queixo ao umbigo. Foi reação em cadeia. Meu pau também explodiu, cobrindo-me com outra camada de porra, desta vez do meu nariz até os meus pentelhos. Esgotado, o Edu desabou sobre mim, lambuzando-se por sua vez com aquela enchente de porra que me alagava.
Não me contive e o abracei com força, puxando seu corpo contra o meu. Ele relaxou e se entregou, aninhando a cabeça ao lado da minha, olhando para o chão. Por cima de seus ombros, eu via a extensão de suas costas, interrompida logo adiante pelo monte perfeito de sua bunda. Nunca ele me pareceu tão juvenil e frágil. Ficamos ali enlaçados, recuperando o fôlego. Acho que nenhum dos dois queria interromper aquele momento de absoluta comunhão. Mas tudo termina. Chegou o momento em que eu disse:
– Edu, você sabe que esperma é uma das colas mais eficientes que já inventaram. Então, caso não queira que fiquemos irremediavelmente grudados um no outro pelo resto da vida, acho melhor nos levantarmos.
Ele levantou a cabeça, me olhou e deu uma risada. Depois fez uma coisa que me surpreendeu. Abaixou a cabeça e, rapidamente, me deu um beijo na face. Mais rapidamente ainda, ergueu a cabeça e me olhou ressabiado. Engraçada a mente de um garoto. Tínhamos acabado de tocar punheta um no outro, estávamos ali no chão deitados nus um sobre o outro, nossos corpos enxarcados com a porra dos dois, e ele se preocupava com um rápido beijo fraternal. Ele gaguejou:
– Desculpe.
– Desculpe por que? Por você ter feito algo de que eu gostei muito? – E dizendo isso, me ergui um pouco e lhe dei também um beijo na face. E continuei:
– Edu, já não está na hora de deixarmos de ter vergonha um em relação ao outro? Nós acabamos de tocar punheta juntos, o que mostra que somos dois adolescentes saudáveis, cheios de hormônios, pensando em sexo até quando dormimos e aproveitando qualquer momento que permita aliviar esta tensão. E você acabou de me dar um beijo fraternal, que eu devolvi, o que mostra que, apesar da diferença de idade, nós já nos tornamos amigos, independente de sexo ou qualquer outra coisa. Então, porra, levanta esse rabo e vamos nos lavar, que sua mãe já deve ter chegado em casa.
Levantamos, fomos para o banheirinho, nos lavamos, vestimos as sungas e usamos a mesma toalha umedecida para tentar nos secar um pouco. Já na porta do apartamento, não resisti, aproximei a boca do seu ouvido e murmurei:
– Viu, Edu, você segurou a chave e a pica.
– Vai tomar no cu – disse ele, dando uma gargalhada e correndo para a escada, sem esperar o elevador.
Sorri daquela expressão ofensiva quase automática, que o garoto soltara. Foi quando a voz lá do fundo da minha mente sussurrou: nunca diga, desta água não beberei.
[Continua no próximo capítulo.]