No Ponto De Onibus

Published on Dec 6, 2022

Gay

No ponto de ônibus - 6

No ponto de ônibus - 6

Uma história de Antinoísta

AVISO
A história que se segue é pura ficção, jamais aconteceu. Você acessou a Nifty, então já sabe que é uma história erótica, envolvendo sexo entre rapazes adolescentes. Se você é menor de idade (menos de 18 anos) ou se no lugar onde você se encontra a lei proíbe este tipo de história, saia daqui. Ajude a manter a Nifty funcionando, faça uma doação: DONATION.

Sábado à tarde fui ao cinema com uma amiga, a Claudinha. Ela morava na Figueiredo Magalhães, quase esquina da Barata Ribeiro. Tinha a minha idade. Fizemos o pré-vestibular junto, mas ela passara para a UEG. Ela tinha longos cabelos castanhos brilhantes, olhos da mesma cor e com a mesma luz, peitos pequenos (como eu gostava) e uma bunda muito bem torneada, embora discreta. Quem me ouve fazendo tal descrição pensa que eu aproveitei tudo isso. Infelizmente não. Nossa amizade só ia até beijinhos na face, abraços apertados, dançar agarradinhos em alguma festa. Quando uma vez a beijei na boca, ela não se afastou, mas deixou claro, de uma maneira sutil mas compreensível, que não estava interessada. Meu orgulho ficou ferido, mas não nossa amizade. Eu jamais dispensaria ter uma amiga como ela.

Fomos ao Metro Copacabana, aproveitar o “ar condicionado perfeito”, como anunciavam. Depois fomos andando até a rua Domingos Ferreira, fazer um lanche no Bob’s. Limitei-me a tomar um ice cream soda de morango, iguaria que eu colocava na mesma altura do sanduíche de queijo. Voltamos pela Domingos Ferreira até a Figueiredo, mas viramos para a direita, indo até a praia. Sentamos num dos bancos da Atlântica, ela meio ressabiada, soprando a areia que ali se acumulava. Como eu não era um Sir Walter Raleigh, não estendi minha capa – que eu não tinha – apenas ri. Conversamos fiado por uma meia hora, principalmente fofocas sobre os amigos comuns. Passou-me pela cabeça que bem poderia ser inverno e estar soprando um ventinho frio, assim teria uma desculpa para abraçá-la, aconchegando-a contra mim. Mas era verão e a tarde chegava ao fim.

Fomos até seu prédio e nos despedimos com o beijinho na face regulamentar. Dei um longo suspiro de romântica insatisfação... depois ri de mim mesmo. Aquilo era pura cena. Sair com a Claudinha tinha sido muito bom. Se eu quisesse algo mais erótico, que fosse atrás. Graças a todos os deuses – inclusive Iemanjá – menina bonita era o que não faltava em Copacabana. Nem em qualquer outro bairro do Rio de Janeiro. A incompetência era minha. Mas naquela noite, quando por fim apagasse a luz e fosse dormir, é provável que ficasse algum tempo manipulando meu pau e pensando na Claudinha de biquíni, que eu já vira várias vezes na praia. Se ia terminar em punheta, dependeria do meu cansaço e da minha secura. Não aconteceu nada. Estava me sentindo tão cansado que adormeci poucos minutos depois de me esticar na cama e fechar os olhos.

No domingo, meus pais foram almoçar na casa de uns amigos, em Niterói. Claro que eu dei um jeito de não ir. Cruzar a baía até a maloca do Arariboia não era pra mim. Só se houvesse um motivo muito bom, como um harém de índias tupinambás peladonas, sequiosas por fazer sexo. Ri da minha ideia. Será que as tupinambás eram bonitas? Provavelmente não, pelo menos pelos padrões atuais. Mas eram limpas, tomavam banho todo dia, ao contrário das europeias. Devia ser divertido ver um bando delas, nuazinhas, espadanando água num igarapé... não, igarapé é da Amazônia, no Rio da época havia riachos, inclusive o rio Carioca, nosso padrinho abençoado. Cara, bastou ter passado o vestibular e eu já estava misturando todas as inutilidades que aprendera nas aulas de História. Com sorte, até o fim do verão teria esquecido tudo.

Bem, não interessa se em Niterói havia tupinambás ou temiminós, meus pais foram lá e só voltariam no fim da tarde. Eu fiquei em casa fazendo absolutamente nada. Desfrutar da preguiça absoluta, principalmente depois de um ano de estudos pesados, era uma bênção. Ética do trabalho é o caralho, até rima. Comi meu sanduíche de sempre, depois fui para a sala e botei um disco de bossa nova na vitrola – para quem não sabe, um aparelho de som. Espichei-me no sofá e me preparei para cochilar ao som da melhor música que havia. O toca-discos deligava sozinho, ao fim do lado do LP. Quase que para confirmar que uma nova rotina se instalara em minha vida, soou a campainha da porta. Resmungando, fui ver quem era.

– Oi, cara, qual é a boa? – disse o Carlos, me afastando para o lado e entrando, mal eu abri a porta. Como a Irene no Céu, o Carlos não precisava pedir licença para entrar na minha casa. Claro que quando meus pais estavam, ele era um modelo de elegância. Eu ficava danado quando via minha mãe olhar para ele com aquele sorriso bobo que dizia “por que o Tom não é assim?” Por que estava na minha casa, é óbvio. Duvido que o Carlos tivesse aquelas frescuras na casa dele.

– A boa é ouvir música sem fazer mais nada. Estava começando, mas chegou uma visita inconveniente.

– Desiste, cara. A verdade e que você estava morrendo de tédio e agora dá pulos de felicidade, porque alguém que sabe viver a vida vai lhe conceder a esmola de contar o que andou fazendo.

– É, mas nos últimos dias, eu que lhe contei umas histórias quentes.

– Quentes não, depravadas, pecaminosas. Mas deixa isso pra lá – disse ele, jogando-se no sofá. Fui até a vitrola e abaixei o volume, para que pudéssemos conversar.

– O que você veio me contar que é assim tão interessante? Me perdoe se eu der um bocejo durante a história.

– Aposto que não. Porque ontem, enquanto você passeava de mãos dadas com a bem comportada Claudinha, eu levei lá pra casa a Vera, cujo comportamento dispensa comentários, e ela engoliu minha pica até o talo.

– Caralho!

– É um dos nomes do que ela mamou.

A tal de Vera tinha fama de ser pródiga nos favores que concedia aos meninos do bairro, muitos já tinham sido agraciados, não era sonho. Tanto eu quanto o Carlos, além de dois amigos mais chegados, já tínhamos feitos planos de entrar para aquele time de eleitos, sem conseguir. Tinha de ser o Carlos o primeiro a chegar lá.

– Cara, afinal você conseguiu.

– Sim. Para dizer claramente, ela chupou o meu pau, muito bem chupado. Está com inveja, Tom?

– Claro, porra.

– De mim ou dela?

– Não enche o saco. Conta logo a história.

– Não. A última coisa que faria é provocar bocejos num amigo.

– Não fode.

– Não foi foda, foi chupada. Mas já que você quer iniciar uma rodada de narrativas, que tal me contar antes o que você e o Edu fizeram na sexta-feira?

– Por que nós teríamos feito alguma coisa?

– Por que eu te conheço. Embora não conheça o teu vizinho, já estou achando que ele é um Tom em miniatura.

Nem tão miniatura assim, me deu vontade de dizer, pensando nos treze orgulhosos centímetros da pica do meu jovem vizinho. Será que eu era tão transparente assim. Olhei para o corpo do Carlos, tentando perceber algum indício de excitação. Como de hábito, ele estava de camisa polo, bermudas e tênis. O volume em sua virilha parecia o de sempre, ou seja, ele não parecia estar de pau duro. Por outro lado, sozinho em casa, eu estava apenas com um velho calção. Fiquei com medo de olhar para baixo, uma vez que aquele assunto da boca da Vera somada à índole, digamos, aventurosa do Edu já tinha feito meu pau crescer um pouquinho.

– Vamos para o quarto – disse. Por alguma razão eu me sentia mais à vontade no quarto, quando abordava assuntos eróticos. O Carlos foi na minha frente, sentou-se na cama, apoiado na cabeceira, as pernas esticadas. Eu me sentei na cadeira da escrivaninha. Comecei minha história, interrompido aqui e ali por alguma pergunta do Carlos. Ainda estava no meio da narrativa e meu pau já ficara completamente duro. Segurei-o através do calção e comecei a manejá-lo.

O Carlos afetava estar imperturbável, mas o volume em sua bermuda aumentara bastante, um monte escandaloso elevando-se de sua barriga reta e musculosa. Quando já estava chegando na hora em que o Edu me dera um beijo de língua, não resisti, tirei o calção fora, joguei-o pro lado e sentei-me de novo, pelado, a mão tocando uma punheta, a história chegando ao clímax – dela e das personagens.

– Porra, Tom, você devia escrever contos eróticos – disse o Carlos, erguendo um pouco os quadris e tirando fora a bermuda junto com a cueca, que jogou ao lado da cama. – Mas se prepara que agora vem a história de gente grande.

Fiquei mesmerizado com o espetáculo diante de mim. Vinte altaneiros centímetros de pica morena, rígida, a glande toda de fora do prepúcio, pulsando diante dos meus olhos. A última vez que vira o pau do meu amigo duro, ele tinha o tamanho do pau do Edu. Tinha certeza, porque não apenas vira, eu segurara. Sabia, por nossas conversas, das dimensões atuais do pau do Carlos, mas uma coisa é imaginar, outra é ver. Eu via um adolescente de um metro e noventa de altura, deitado sem calças na minha cama, batendo lentamente uma punheta naquela imensa pica, cujas aventuras envolvendo a boca da Vera ele começou a contar.

Não tenho condições de reproduzir o que o Carlos contou. Minha atenção estava dividida entre a história e o pau do meu amigo, cada vez mais entumecido com aquela punheta metódica que sofria. A história deve ter chegado a um ponto muito excitante, pois, novamente, eu não resisti. Levantei-me, fui até a cama, sentei-me ao lado direito do Carlos, afastei sua mão de seu pau e o segurei, apertando minha mão ao redor daquela tora latejante.

Caralho! Senti-me novamente um garoto de quatorze anos. Havia muita emoção no meu gesto, muita lembrança, muito desejo reprimido. Só que não éramos mais dois fedelhos magricelas, inaugurando no pau um do outro sensações novas e maravilhosas. Mas o Carlos, repetindo o gesto de quatro anos atrás, fechou também sua mão ao redor do meu pau. Éramos dois adolescentes taludos, experientes, quase adultos. E foi uma punheta adulta, sôfrega, quase violenta, que passamos a tocar um no outro. A história que se fodesse.

Quando pressenti que o Carlos ia gozar, tive a presença de espírito de me inclinar e dirigir seu pau para o lado da cama, a fim de que não caísse porra em sua camisa. Sua descarga foi impressionante, seis ou sete jatos de gosma densa, que se esparramaram no chão. Meu pau também disparou. Como eu estava nu, não tinha com que me preocupar. Fui labuzado de porra, do queixo aos pentelhos.

Depois de um bom momento para recuperarmos o fôlego e a fala, o Carlos disse:

– Tom, você é tão bom quanto a Vera. Ela não foi até o fim, me fez gozar com a mão. Se algum dia, além da mão, você quiser usar a boca, eu sou o primeiro da fila.

– Não posso comparar você com a Vera, mas posso dizer que você também é muito bom.

Nisso, o Carlos solta uma sonora risada.

– Tom, reparou que nós estamos parecendo dois garotos de quatorze anos. Tocando punheta um no outro, sujando tudo de porra e achando maravilhoso. Só que nós somos marmanjos de dezoito anos. Devíamos estar comendo as mulheres.

– Bem, nós tínhamos quatorze anos quando fizemos isto pela primeira vez. Estava na hora certa. Levamos quatro anos para fazer a segunda.

– Sim, quatro anos perdidos. – E nós dois suspiramos, o pensamento vagando por alguns segundos pelas memórias, prazeres e frustrações de cada um. – Bem, vamos nos lavar, botar a roupa e voltar para nossas idades reais.

Fizemos isto e fomos conversar na sala. Foi uma conversa calma mas emotiva, séria, sincera. Falamos amplamente de nossas vidas, da nossa amizade, nossas perspectivas – ou, por que não dizer, dos nossos sonhos. Quando nos despedimos, bem mais tarde, trocamos um abraço fraternal apertado, coisa que há muito não fazíamos.

No dia seguinte, uma segunda-feira, o tempo estava radiante. Aquele tipo de tempo que faz as pessoas que trabalham odiar as segundas-feiras, vendo a garotada em direção à praia e elas em direção ao emprego. Se bem que elas também devem odiar sair da cama cedinho e enfrentar uma senhora chuva. Aquele verão, provavelmente, seria o meu último verão de estudante. Era mais do que certo que, até o fim do ano, eu conseguisse um emprego, mesmo que de meio expediente, como estagiário. Então precisava aproveitar ao máximo.

Como de hábito, acordei tarde, matei o tempo até a hora do almoço, depois fiquei esperando o toque da campainha, que deu o ar de sua graça perto das duas horas. Abri a porta e lá estava o Eduardo, com seu uniforme de sunga e sandálias, acompanhado de outro menino, mais ou menos da mesma altura. Era um garoto de cabelos lisos e compridos, louros, descendo até a altura dos ombros. Seus olhos eram de um azul desbotado e o nariz e as bochechas eram cobertas de sardas. Parecia mais um gringo que um brasileiro. Ele também estava de sunga, de um amarelo berrante, então pude avaliar seu corpo. Ele era um pouco mais cheio do que o Edu, talvez um resto de gordura infantil. Mesmo ele estando de frente para mim, dava para ver que ele tinha uma bunda grande, bem mais cheia do que a do amigo. O volume na frente da sunga era modesto, mas condizente com sua idade.

– Oi, Tom – disse o Edu. Este é o Augusto, ele voltou ontem à tarde. Augusto, esse é o Tom, nosso vizinho, que eu conheci no meio da semana.

– Oi, Augusto. Tudo bem com você? Nem preciso perguntar se vocês vão à praia. Esperem um pouco que eu vou trocar de roupa.

Botei rapidamente a sunga, o chinelo e saí com os garotos, em direção à praia. Fomos conversando sobre há quanto tempo cada um morava naquele prédio e as razões de não nos conhecermos. Na agitação típica da idade, ora um ficava à minha frente, ora ao meu lado, dificilmente atrás de mim. Pude comparar aquelas duas bundas juvenis. A do Edu vocês já conhecem e eu afirmo que é perfeita. A do Augusto, avaliada agora pelo lado certo, era maior, mais redonda e bem mais cheia. Sobrava um pouco para os lados do corpo. Era, decididamente, uma bunda quase feminina. Não quero dizer com isso que o garoto fosse efeminado, de jeito nenhum. Ele, assim como o Edu, era um menino típico. Mas tinha uma bunda melhor, por exemplo, que a da Claudinha.

Na verdade, aquele curto passeio de uns dois quarteirões até a praia, foi um prazer para mim, admirando e comparando as bundinhas dos dois meninos. Além do resto do corpo, claro. Pela primeira vez não me importei com o volume suspeito que já se manifestara em minha sunga. Afinal, apreciar as bundas, sejam de quem for, é um direito assegurado pela Constituição. A única exigência legal é que sejam bonitas. Se eu era um menino sadio e meu pau o comprovava, ótimo.

Chegando na areia, encontramos o mesmo grupinho de conhecidos de um e de outro, além dos conhecidos dos conhecidos. Para comprovar que nossas ideias não eram muito variadas, o assunto do papo eram as bundas. Ou melhor, uma bunda em particular, aquela da menina gostosa que desfilava altaneira, sem olhar para ninguém. As meninas acusavam os meninos de serem uns idiotas, de babarem repugnantemente quando ela passava e de quase quebrarem o pescoço quando viravam as cabeças para verem sua bunda desaparecer na distância. Os meninos retrucavam que era pura inveja, que eles olhavam para aquela menina como olhavam para qualquer outra – o que era mentira – e que as meninas é que ficavam todas excitadas quando passava um sujeito mais velho, alto, fortão e desprovido de cérebro – o que era verdade.

Gritos, risadas, vaias, gesticulações ridículas, as pessoas sentadas ao redor deviam estar achando tudo aquilo insuportável, mas democraticamente fingiam nos ignorar. Foram salvos pelo gongo do calor, pois dali a pouco todo mundo estava louco para cair na água e se refrescar. Os meninos saíram correndo e mergulharam. As meninas, pelo menos as mais velhas, levantaram-se com um meneio e andaram com elegância até a água, mas fazendo uma varredura ao redor, com o canto dos olhos. Provavelmente queriam surpreender algum menino desconhecido olhando para elas e babando.

Dentro d’água era muito bom. Mergulhávamos e emergíamos ao lado das meninas, arriscando encostar alguma coisa de nossos corpos. As meninas reclamavam sem nenhuma convicção, espadanavam água em nossas caras ou mergulhavam para fugir, sabendo que nossa última visão seriam suas bundas empinadas em cima da água. Uma ou outra dupla que realmente namorava ia para mais fundo e ficavam se agarrando, abrigados da visão alheia, embora suas bocas, à tona, trocassem beijos mais que ostensivos. Acho que mesmo com a água fria, aqueles meninos e meninas de sorte teriam que esperar um pouco para saírem da água sem correrem o perigo de que paus e biquinhos de seio rasgassem os tecidos que tentavam contê-los. Não sei se Paris era uma festa, mas nossa praia daquele tempo certamente era.

Ninguém usava relógio, mas sempre alguém dava um jeito de saber que horas eram. Quando chegou perto das quatro, ocorreu o que eu esperava, o Edu e o Augusto anunciaram que estavam indo embora. Despedi-me dos conhecidos e fui junto com ele. Os dois pareciam estar com pressa, pois mantiveram-se sempre à minha frente, e eu mantive a observação científica dos seus traseiros. Já no elevador, perguntei:

– Edu, Você vai querer esperar lá em casa até sua mãe chegar.

– Hoje eu sei que ela está em casa – disse ele. Será que pelo fato de o Augusto estar ali ele tivesse que admitir aquilo? E será que das duas outras vezes era mentira, era uma desculpa para se encontrar comigo a sós? Bem, eis uma pergunta desprovida de utilidade. Afinal, eu não haveria de reclamar daquilo. E o Edu logo completou: – Mas eu e o Augusto podemos fazer um pouco de hora na sua casa. Não queremos que nossas mães nos peguem para fazer alguma tarefa de casa.

– Certo. Vamos lá, então.

Saltamos todos no sexto andar e eu abri a porta do meu apartamento. O Edu entrou direto. O Augusto, encabulado esperou que eu fizesse um gesto, indicando que ele entrasse. Assim que eu fechei e tranquei a porta atrás de nós, o Edu falou:

– Espero que você tenha alguma revista nova.

Dei um suspiro. O menino era rápido, nem disfarçou. Não pude deixar de pensar na possibilidade de estar entrando numa senhora confusão. Olhei em seus olhos e falei:

– Edu, lembra do que eu disse na sexta-feira? Para você não inventar nenhuma maluquice?

– Lembro. Eu não estou inventando nada.

– Então, antes de tudo, vamos conversar.

[Continua no próximo capítulo.]


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